Para tornar as sessões menos entediantes (já que são 3h30 à tarde e 2 horas à noite que ficamos sentados no chão, ouvindo um por um recitar o mesmo diálogo), alguns professores - os bons - pediam para nós ficarmos alertas aplaudindo quem está lá na frente, dando apoio, e todo mundo começou a ficar bem bom nisso. O nosso grupo inventou vários "gritos de guerra" sempre que algum de nós levantava para recitar o diálogo (frases que para quem não está aqui não fazem o mínimo sentido, mas vou escrever assim mesmo. Vai que alguém faz este curso no futuro e lê este blog... "Fun, fun, fun, 15 (é o número do nosso grupo)!!!" foi o primeiro. Depois, as demais versões, que fazem os outros grupos cair na risada são: "Trust, trust, trust, the process!" e "Stretch, stretch, stretch, the fascia!"). Estávamos tentando nos manter entretidos apesar do cansaço e do tédio da rotina repetitiva.
Mas, como sempre aparece um estraga-prazer, o Jeff, o marido da Lynn, que é a especialista das posture clinics, tornou tudo mais chato. Entrou na sala e após enumerar as regras de sempre (não mascar chiclete, não comer, não deitar, não conversar, desligar telefone, etc, etc), disse: "Nada de palmas. Nada de gritos de guerra. Não quero nenhum tipo de aplauso para a pessoa que está aqui na frente. Vamos tentar tornar o ambiente da posture clinic o mais parecido possível com uma aula normal, em que ninguém terá palmas nem apoio de ninguém."
E logo as regras do Jeff viraram a regra geral. Ficamos tão revoltados de tirarem nossa pequena alegria que quando o Bikram entrou na tenda para uma palestra à noite, ninguém aplaudiu - o que foi bem estranho, já que ele sempre é ovacionado quando entra na tenda. As palmas são nossa forma de demonstrar coletivamente que concordamos com algo ou gostamos de algo e nos sentimos todos um pouco atados com a nova regra. Mas, como me prometi que daqui para a frente não vou me deixar afetar com coisas sem importância, chega de falar sobre isso!
Estou sentindo falta de informação. Estou sentindo falta até dos filmes. Acho que às vezes meu espírito de jornalista vem à tona e implora por informação, novidade, meus dedos querem escrever, meus olhos querem ler, quero me alimentar com o desconhecido. E tem tanta coisa sobre yoga que ainda quero saber!
Mas acho que semana que vem tudo vai ficar melhor! Vamos concluir as posture clinics e aí o Bikram vai demonstrar cada uma das posições, explicar, discutir o diálogo, a Rajashree vai falar sobre os efeitos terapêuticos de cada posição, vai falar sobre a série para grávidas (que eu pratiquei durante minha gravidez) e sem a pressão da decoreba, da repetição incansável do diálogo, acho que tudo vai ficar bem mais interessante!
Fisicamente, tive algumas reações esquisitas esta semana. Primeiramente, meu joelho direito começou a reclamar, mas peguei leve nas posições que forçam mais o joelho e no final da semana ele voltou ao normal. Na quinta-feira, senti um mal-estar geral, uma canseira imensa e uma quebradeira. Além disso, comecei a sentir dores fortes na minha mandíbula. Não conseguia mais mastigar nada! Minhas costelas também começaram a doer, ou melhor, os músculos ao redor delas, acho que por causa das inspirações profundas que damos durante a aula. Apesar de isso tudo ser meio chato, vejo as dores como algo positivo, acho que meu corpo está todo se ajustando e se equilibrando.
Apesar da regra de não deitar durante as posture clinics, o cansaço muitas vezes fala mais alto... |
Aqui a Carolina está tirando um cochilo. Os professores estão ali no fundo. |
Este foi o último aluno que recitou a pose ontem e praticamente todo mundo demonstrou para ele! |
Paz e amor!
ResponderExcluirTô com pena de você....acho que vou te mandar uma torta de chocolate pelo UPS.
ResponderExcluirManda umas trufas do Monmouth!!!
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